quarta-feira, 16 de maio de 2007

PREVISÃO DE CLIMA PARA SANTA CATARINA - TRIMESTRAL

MAIO, junho E JULHO/ 2007
TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DO MAR (TSM) Condições de resfriamento do Pacífico Equatorial
Em abril, grande parte do Pacífico Equatorial registrou anomalias negativas de TSM, indicando o início da La Niña, e a previsão para os próximos meses é de persistência do fenômeno. Climaticamente, estas condições de resfriamento do Pacífico resultam em diminuição no volume de chuvas em Santa Catarina.
A TSM na região próxima ao Sul do Brasil tem apresentado anomalias positivas desde fevereiro de 2006.
PRECIPITAÇÃOPara o trimestre maio-junho-julho, a previsão é de chuva entre a média e abaixo da média climatológica no Estado.
Em maio, o volume de chuva estará abaixo da média no Oeste, Meio Oeste e Planalto Norte de Santa Catarina, ficando na média no restante do Estado. Já em junho e julho, a previsão é de chuva entre a média e um pouco abaixo da média em todas as regiões catarinenses. Neste trimestre, a distribuição da precipitação estará irregular no tempo e no espaço e a ocorrência de chuvas intensas ficará restrita a situações de passagem de frentes frias. As massas de ar seco atuarão em períodos prolongados, em associação aos bloqueios atmosféricos.
TEMPERATURA
O trimestre será caracterizado por períodos de frio intercalados com ondas de calor (veranicos). No mês de maio, devido à maior persistência de massas de ar frio, estão previstas temperaturas mais baixas que a média climática, quando ocorrerão os primeiros registros de geadas amplas no Estado. Em junho e julho, as temperaturas estarão dentro da normal climatológica, quando episódios de frio intenso estarão intercalados com períodos de temperaturas mais elevadas.
RESENHA AGROCLIMÁTICA
A primeira quinzena de maio marcará o término da bem sucedida safra da soja e do milho safra em todo o Estado, bem como o início da semeadura do trigo. A previsão de chuva irregular e abaixo da média será favorável para tais atividades. Em contrapartida, a segunda safra do feijão e do milho pode ser prejudicada devido ao déficit hídrico, principalmente no Oeste do Estado, enquanto nas outras áreas de cultivo (Alto Vale do Itajaí e Litoral Sul) os cenários são mais otimistas. No Planalto Norte, o risco climático para o feijão safrinha é maior, por ser uma região inapta para este cultivo, de acordo com o Zoneamento Agroclimático.
A deficiência hídrica durante o desenvolvimento de vagens do feijoeiro, prevista para o mês de maio, acarreta a perda das folhas inferiores, redução da área foliar, menor desenvolvimento das vagens e produção de sementes de menor peso. A mesma condição de tempo para o milho, durante o período de formação de colheita, reduz o tamanho dos grãos, porém, durante a maturação, tem pouco efeito sobre o rendimento da cultura.
Rosandro Minuzzi, Maurici Monteiro e Laura Rodrigues - MeteorologistasSetor de Previsão de Tempo e Clima - Epagri/Ciram(48) 3239-8064 / 8066 / 8067Rod. Admar Gonzaga, 1347 - Itacorubi - Florianópolis-SChttp://ciram.epagri.rct-sc.br

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