quinta-feira, 2 de agosto de 2007

CERTIFICAÇAO ORGÂNICA PARA A GRANDE FLORIANÓPOLIS

Estão em fase de encaminhamento, a parte legal do processo para obter-se os recursos para remuneração da certificadora ECOCERT. A partir do momento que obtivermos sinal verde, iremos agendar as visitas individualizadas aos produtores interessados no processo de conversão de convencional para orgânico. As visitas serão parte integrante do Sistema de Controle Interno (S.C.I.), que terá objetivo inicial de formatar relatório para a certificadora. Acredito que em breve, poderemos contar já com o período de conversão para adequação. O contrato de trabalho entre a certificadora e o núcleo de apicultores da Grande Florianópolis foi passado à Associção de S. Bonifácio para proceder assinatura, de acordo com o combinado no grande grupo. Esse contrato após assinado retornará ao SEBRAE e a ECOCERT, para inicialização dos trabalhos.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

WORKSHOP EM CACHOEIRA DO SUL - RS




Realizou-se no final do mes de maio, seminário de apicultura no município de Cachoeira do Sul - RS, onde atualizações sobre o setor foram discutidas, assim como, apresentações técnicas sobre manejos e gerenciamento de colmeias. Participamos do evento na qualidade de palestrante, apresentando temas referentes a manejos para aumento de produtividade em campo.

BUSCA DE CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA PARA MEL NA GRANDE FLORIANÓPOLIS

Os últimos dias tem sido marcados por reuniões técnicas e contatos com certificadora para desenvolvimento e conversão de colmeias de produção convencional para orgânico. Esse trabalho tem ocupado algum espaço nas atividades que seriam de campo, pois essa época os trabalhos na linha de frente são poucos e a manutenção pode ser administrada pelo produtor, com ajuda de acompanhamento a distância. A busca da certificação, então ocupa maior espaço no calendário de trabalho nesse momento.
A seguir seguem algumas regras da conversão e o projeto enviado a certificadora para traçar-se estratégia de implantação.
É possível solicitar após orçamento dos custos propostos pela certificadora, o bonus certificação do SEBRAE, para minimizar os custos individuais dos produtores que irão certificar-se.




APICULTURA E PRODUTOS DA APICULTURA

PRINCÍPIOS DE PRODUÇÃO
1. A apicultura e contribui para a proteção ambiental e produção agrícola e florestal, através da ação polinizadora das abelhas.

2. A condição orgânica dos produtos da apicultura está estreitamente ligada aos tratamentos das colméias, a qualidade do ambiente e as condições de extração, tratamento e armazenagem dos mesmos.

3. Todas as unidades apícolas exploradas por um produtor na mesma zona devem ser orgânicas.
Por derrogação, um produtor pode explorar outras unidades desde que todas estas Normas sejam cumpridas, com exceção daquelas relativas a localização dos apiários. O produto dessas unidades, no caso, não pode ser vendido como orgânico.

CRITÉRIOS DE PRODUÇÃO
CONVERSÃO


1. Os produtos da apicultura só podem ser comercializados como orgânicos se todas estas normas venham sendo cumpridas há pelo menos um ano.

2. Durante o período de conversão, a cera deve ser substituída por cera proveniente de unidades orgânicas. Não sendo a mesma disponível no mercado a ECOCERT BRASIL pode, excepcionalmente, autorizar a utilização de cera proveniente de outras unidades.
ORIGEM DAS ABELHAS
1. Na escolha das raças dever-se ter em conta a capacidade de adaptação dos animais às condições locais, a sua vitalidade e resistência às doenças. Será dada preferência à utilização de ecotipos locais.

2. Os apiários devem ser constituídos por divisão de colônias ou aquisição de enxames ou colméias provenientes de unidades orgânicas.

3. Mediante aprovação prévia da ECOCERT BRASIL, os apiários não conformes com estas Normas, existentes na unidade de produção, poderão ser convertidos.

4. Em caso de elevada mortalidade dos animais causada por motivos sanitários ou por catástrofes a reconstituição dos apiários será autorizada pela ECOCERT BRASIL, desde que seja cumprido o período de conversão.

5. Para a renovação dos apiários, 10 % ao ano das abelhas-rainhas e dos enxames a incorporar na unidade orgânica não precisarão satisfazer estas normas, desde que sejam colocados em caixas com favos ou folhas de cera provenientes de unidades orgânicas. Nesse caso, não se aplica o período de conversão.


LOCALIZAÇÃO DOS APIÁRIOS

1. O apicultor deve fornecer à ECOCERT BRASIL mapas, em escala adequada, dos locais de implantação das colméias. Na ausência dos mesmos, deve encaminhar a documentação e as provas adequadas de que as zonas acessíveis às suas abelhas satisfazem as condições exigidas nestas normas.

2. A localização dos apiários deve:
a) assegurar fontes de néctar e pólen naturais em quantidade suficiente para as abelhas, bem como acesso a água;
b) assegurar que, num raio de 3 km em redor do apiário, as fontes de néctar e de pólen sejam constituídas essencialmente por culturas e/ou vegetação espontânea orgânicas, e/ou culturas convencionais desde que submetidas somente a tratamentos de baixo impacto ambiental que não afetem significativamente a qualidade da produção apícola orgânica;
c) estar a suficiente distância de quaisquer fontes de produção não agrícola susceptíveis de causar contaminação, como, por exemplo: centros urbanos, auto-estradas, zonas industriais, aterros sanitários, incineradores de lixos etc.

3. O disposto acima não se aplica a zonas onde não se verifica floração ou quando as colméias estejam em período de hibernação.


ALIMENTAÇÃO

1. No término da época produtiva, devem ser deixadas nas caixas reservas de mel e de pólen suficientes para passar o inverno.

2. A alimentação artificial das abelhas será permitida quando a sobrevivência das colméias esteja em risco devido a condições climáticas extremas. A alimentação artificial deverá ser feita com mel orgânico, de preferência da mesma unidade.

3. A ECOCERT BRASIL pode autorizar, na alimentação artificial, o uso de xarope de açúcar ou melaço orgânicos em lugar de mel orgânico.

4. No registro dos apiários devem ser incluídas as seguintes informações sobre a utilização de alimentação artificial: tipo de produto, datas, quantidades e colméias em que foi utilizada.

5. A alimentação artificial só pode ocorrer após a última colheita de mel e até 15 dias antes do início do período subseqüente de produção de néctar.


PROFILAXIA E CUIDADOS VETERINÁRIOS

1. A profilaxia em apicultura deve basear-se nos seguintes princípios:
a) seleção de raças resistentes adequadas;
b) Práticas preventivas tais como: renovação periódica das abelhas-rainhas, inspeção sistemática das colméias para identificar quaisquer anomalias sanitárias, controle dos zangões nas colméias, desinfecção periódica dos materiais e do equipamento, destruição de material contaminado, renovação periódica da cera e reservas suficientes de pólen e de mel nas colméias.
c) Caso essas medidas preventivas não sejam suficientes e apareçam abelhas doentes, as mesmas devem ser imediatamente tratadas sendo, se necessário, colocadas em apiários isolados.

2. A utilização de medicamentos veterinários na apicultura orgânica deve respeitar os seguintes critérios:
a) devem ser preferidos os produtos fitoterápicos e homeopáticos aos produtos alopáticos de síntese química;
b) caso o uso desses produtos seja insuficiente para controlar o problema sanitário poderão ser utilizados medicamentos alopáticos de síntese química, sob a responsabilidade de um médico veterinário;
c) é proibida a utilização de medicamentos alopáticos de síntese química para tratamentos preventivos;
d) no caso de infestação por Varroa jacobsoni, podem ser usados os ácidos fórmico, láctico, acético e oxálico e as seguintes substâncias: mentol, timol, eucaliptol e cânfora.
e) Os tratamentos veterinários compulsórios em virtude de legislação nacional serão autorizados.

3. Durante um tratamento com medicamentos alopáticos as colônias tratadas devem ser localizadas em apiários isolados e a cera substituída por cera orgânica. Em seguida essas colônias serão submetidas a um período de conversão de um ano.

4. O uso de medicamentos veterinários deve ser registrado e declarado à ECOCERT BRASIL, antes da comercialização dos produtos: tipo de medicamento e substância farmacológica ativa, indicação do diagnóstico, posologia, forma de administração, duração do tratamento e intervalo legal de segurança.


GESTÃO DA PRODUÇÃO

1. É proibida a destruição das abelhas nos favos como método associado à colheita dos produtos da apicultura.

2. São proibidas as mutilações, como o corte das asas das abelhas-rainhas.

3. É permitida a substituição da abelha-rainha com supressão da antiga.

4. A supressão dos zangões só é autorizada como meio de contenção da infestação por Varroa jacobsoni.

5. É proibido o uso de repelentes químicos de síntese durante as operações de extração de mel.

6. A zona onde está situado o apiário deve ser registrada juntamente com a identificação das caixas. A ECOCERT BRASIL deverá ser informada do deslocamento dos apiários num prazo previamente acordado.

7. Especial cuidado deve ser tomado na adequada extração, tratamento e armazenagem dos produtos da apicultura. Todas as medidas tomadas devem ser registradas

8. As operações de remoção das alças e de extração do mel devem constar do registro do apiário.


CARACTERÍSTICA DAS CAIXAS

1. As caixas devem ser feitas de materiais naturais que não apresentem qualquer risco de contaminação para o ambiente ou para os produtos da apicultura.

2. Com exceção dos produtos utilizados em caso de infestação por Varroa jacobsoni., no interior das caixas só podem ser utilizados produtos naturais, tais como própolis, cera e óleos vegetais.

3. A cera para o fabrico de novas folhas deve ser proveniente de unidades de produção orgânicas. A utilização de cera convencional poderá ser excepcionalmente autorizada pela ECOCERT BRASIL, desde que cera orgânica não esteja disponível no mercado e desde que proveniente de opérculos.

4. É proibida a extração de mel a partir de favos que contenham ovos ou larvas.

5. Para a proteção dos quadros, caixas, favos, contra organismos prejudiciais, só são permitidos os produtos enumerados na Tabela II.

6. São permitidos os tratamentos físicos, como o vapor de água e a chama direta.

7. Para limpeza e desinfecção dos materiais, salas, equipamentos, utensílios ou produtos usados na apicultura, só serão permitidas as substâncias enumeradas na Tabela II.








INSPEÇÃO E CERTIFICAÇÃO POR AMOSTRAGEM



(GRUPOS DE PRODUTORES ORGANIZADOS)







ABRANGÊNCIA DE APLICAÇÃO

Em alguns casos, devido a realidade sócio-econômica e organização das unidades agrícolas , torna-se difícil a aplicação do plano de controle padrão normalmente utilizado. Para viabilizar o controle e certificação dessas unidades, em geral pequenas, é aplicado então o controle por amostragem.

A aplicação do controle por amostragem é realizada quando os critérios seguintes são atendidos :

.Mínimo de 30 produtores participantes

.Produtores obrigatoriamente organizados em torno de uma empresa ou grupo organizado: limitada, cooperativa / associação / condomínio/ ou outra forma legal

.Maioria dos produtores com menos de 5 ha cultivos orgânicos

.70 % dos produtores com até 10 ha de cultivos orgânicos

.Visita de inspeção anual individual obrigatória em controle externo a produtores com mais de 25 ha , e no mínimo a 20 % dos demais produtores inscritos no projeto, conforme as normas do plano de controle padrão

.Visita de inspeção anual obrigatória em controle interno (realizada pelos técnicos da entidade) em 100 % dos produtores inscritos no projeto.

.Produtores com mesma produção principal e técnicas de produção homogêneas entre os participantes do grupo e na região

.Existência de controle interno obrigatório sob responsabilidade da entidade na qual os produtores estão organizados e em nome da qual será feita certificação

CONTROLE INTERNO

O controle interno deverá ser realizado uma vez por ano. Cada produtor deverá ser visitado por um técnico ao menos uma vez por ano e cada visita será documentada.
100% das unidades do grupo deverão ser visitadas em controle interno. Entende-se por grupo as cooperativas, condomínios, associações.
O controle interno deverá conter um conjunto de documentos para cada produtor, à saber :

.Cadastro da cada produtor com descrição da unidade produtiva inscrita no projeto e croquis da respectiva propriedade com localização das lavouras estradas,cursos d’água, instalações

.Termo de compromisso de cada produtor quanto a aplicação das normas da agricultura orgânica

.Histórico de parcelas ( 3 anos) de cada parcela de cada produtor

.Caderneta de campo (ficha) por parcela (lavoura) com indicação dos insumos utilizados na mesma e rendimentos obtidos, mantida por cada agricultor participante do projeto.

Lista atualizada dos produtores que estão em conformidade com as normas

.Lista de produtores com problemas ( não-conformidades) detectados nas visitas de inspeção em controle interno

.Descrição dos estoques de insumos e produtos de cada propriedade e eventuais medidas de separação dos mesmos

Esse controle interno não deve ser visto como uma redução do papel da certificadora mas como uma resposta a uma realidade sócio-econômica. Em outras palavras, esse controle interno deve ser visto como um encorajamento e responsabilização dos agricultores, no sentido de melhorar a compreensão das regras da agricultura orgânica e assim viabilizar o acesso dos mesmos aos principais mercados nacionais e internacionais (especialmente os mercados europeus com realidades semelhantes).

CONTROLE EXTERNO

Controle aprofundado:

Trata-se de um controle por amostragem no qual as visitas às unidades são feitas nas mesmas bases daquelas incluídas no programa de controle padrão.
Um controle mínimo por amostragem de 20 % será realizado. A porcentagem à amostrar será fixada pela certificadora conforme cada projeto, em função do sistema de controle interno, das culturas, dos riscos potenciais.
A visita de inspeção será obrigatória para produtores com mais de 25 ha de cultivos orgânicos.
A inspeção resultará na elaboração de relatório e tabela recapitulativa pelo inspetor da certificadora.

Controle imprevisto:

Os controles não anunciados podem ser realizados por iniciativa do Comitê de Certificação da certificadora.
Controles não anunciados podem ser também realizados junto aos locais de venda.

Controle suplementar:

Controle suplementares a serem realizados sob responsabilidade do produtor podem ser solicitados pela certificadora conforme a grade de sanções, como também pode ser solicitados pelo Comitê de Certificação.



Analises:

Um orçamento para análises de laboratório é incluído no orçamento enviado ao cliente. A pesquisa de resíduos é feita com base nos riscos conhecidos (produtos utilizados nas culturas convencionais) ou nos riscos de contaminação (transporte, estocagem, etc...). As análises são realizadas por laboratórios credenciados.








FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO

O presente formulário tem como objetivo detalhar informações que permitam estabelecer uma estimativa de custos de inspeção e atestação de seu projeto de produção orgânica. Com essa finalidade, encaminhamos o presente para preenchimento com informações de sua empresa. As informações serão tratadas de forma confidencial pela ECOCERT BRASIL.


Razão social da empresa (nome, número de inscrição fazendária, endereço, telefone, fax, e-mail, pessoa responsável e respectivo número de identidade e endereço):
COOPERATIVA APÍCOLA DE SANTA CATARINA (COOPASC).
LINHA RUI S/N. RIO DAS PEDRAS. VIDEIRA . SC. CEP 89 560.000. CNPJ 04 908 188/0001-21. IE 255 197 888. FONE 49 3535 1062.
DIRETOR TÉCNICO JAMES ARRUDA SALOMÉ. RG 1/R 970.723. FONE 48 3237 4172. 8407 8677.

Tipos de produtos a certificar (nomes dos produtos agrícolas primários, cultivados ou de coleta extrativa e/ou produtos processados, área dos cultivos em hectares ou volumes processados em toneladas):
MEL DE ABELHAS.
UNIDADE MEIO OESTE: 50 TONELADAS
UNIDADE GRANDE FLORIANÓPOLIS: 40 TONELADAS

MATERIAL VIVO (NÚCLEOS).
UNIDADE MEIO OESTE: 500 UNIDADES /ANO
UNIDADE GRANDE FLORIANÓPOLIS: 500 UNIDADES/ANO.


Período de plantio, colheita ou coleta e processamento dos produtos (cronograma de produção / processamento):
UNIDADE MEIO OESTE: SAFRA EM OUTUBRO, NOVEMBRO, DEZEMBRO. BENEFICIAMENTO: TODO ANO.
UNIDADE GRANDE FLORIANÓPOLIS: SETEMBRO , OUTUBRO, NOVEMBRO. BENEFICIAMENTO: TODO O ANO.


4. Onde esses produtos são produzidos ou coletados (locais, áreas, estoques, operadores de colheita e transporte se terceirizados). Mostrar localização na página seguinte. No caso de haver produtores terceirizados indicar: nomes, locais, áreas, estoques, operadores de colheita e transporte. Mostrar localização na página seguinte.

UNIDADE MEIO OESTE:
MUNICÍPIOS DE VIDEIRA, CAÇADOR, MATOS COSTA, LUZERNA, RIO DAS ANTAS, TANGARÁ.

UNIDADE GRANDE GRANDE FLORIANÓPOLIS:
MUNICÍPIOS DE ANITÁPOLIS, RANCHO QUEIMADO, ANGELINA, ÁGUAS MORNAS, SÃO JOSÉ E SÃO BONIFÁCIO.



5.Ocorrem produções convencionais e orgânicas paralelas? ( ) Sim ( X ) Não

6. Onde esses produtos são limpados e/ou processados. Mostrar localização na página seguinte. No caso de haver processadores terceirizados indicar: nomes, locais, estoques, operadores de transporte. Mostrar localização na página seguinte

A COLHEITA É REALIZADA NOS MUNICÍPIOS ACIMA INDICADOS. O MEL SAI DESSES MUNICÍPIOS ATRAVÉS DE EXTRAÇÃO NA CASA DE MEL DOS PRODUTORES INDIVIDUAIS. OS TAMBORES COM PRODUTO É PROCESSADO E ENVASADO NA UNIDADE MEIO OESTE EM ENTREPOSTO TERCEIRIZADO NO MUNICÍPIO DE FRAIBURGO.
NA UNIDADE GRANDE FLORIANÓPOLIS O MEL É PROCESSADO NO MUNICÍPIO DE DE SÃO BONIFÁCIO.
7.Ocorrem limpeza e/ou processamento convencionais e orgânicas paralelos ? ( ) Sim ( X ) Não

8. Onde esses produtos são estocados. Mostrar localização na página seguinte. No caso de haver estocagem terceirizada indicar: nomes, locais, estoques, operadores de transporte. Mostrar localização na página seguinte

O MEL É ESTOCADO NOS ENTREPOSTOS DOS DOIS MUNICÍPIOS E DALI SAI PARA COMERCIALIZAÇÃO.

9. Ocorre estocagem de produtos convencionais e orgânicas em paralelo ? ( ) Sim ( X ) Não

10.Onde esses produtos são comercializados (somente mercado interno, mercado interno e exportação, somente exportação). No caso de exportação, para quais países. No caso de comercialização terceirizada indicar: quem realiza a comercialização (nome (s), localização). Mostrar localização na página seguinte.

O MEL FRACIONADO É COMERCIALIZADO NO MERCADO INTERNO. HÁ BUSCA PARA COMERCIALIZAÇÃO EXTERNA.

11. Ocorre comercialização de produtos convencionais e orgânicas em paralelo ? ( ) Sim ( X ) Não

12. Quais são, na sua opinião, os maiores obstáculos / desafios que podem ocorrer na produção orgânica e na certificação de sua empresa (pequeno comentário):
TALVEZ UM DOS PROBLEMAS INERENTES A CERTIFICAÇÃO ESTEJA RELACIONADO A LOCALIZAÇÃO DOS APIÁRIOS, POIS O SISTEMA PRODUTIVO CONSISTE BASICAMENTE EM PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS, COM DIVERSIFICAÇÃO DE PRODUÇÃO.

13. Seus produtos já são / foram certificados anteriormente?
( ) Sim, desde ----------- por ----------------------------------- ( X ) Não

14. Para qual (ais) mercado(s) deseja certificar ?
Mercado brasileiro: ( X )
Mercado americano: ( )
Mercado europeu: ( )
Mercado japonês: ( )
Outros (especificar):

15. Deseja receber uma estimativa de custos de inspeção e atestação: ( X ) Sim ( ) Não

16. Deseja receber informações escritas sobre os regulamentos e procedimentos para certificação: ( X ) Sim ( ) Não

Por obséquio, se possível, anexe uma relação dos produtores a serem inspecionados com a localização das propriedades (municípios) , instalações de processamento e de estocagem , distâncias e tempo de viagem até a cidade mais próxima com aeroporto ou estação rodoviária.
UNIDADE MEIO OESTE:
30 PRODUTORES, NOS MUNICÍPIOS DE LUZERNA, TANGARÁ, CAÇADOR, MATOS COSTA, RIO DAS ANTAS, VIDEIRA.
POSSUI ESTRADA DE RODAGEM PAVIMENTADA ATÉ A SEDE DOS MUNICÍPIOS, E RODOVIÁRIA.

30 PRODUTORES NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE FLORIANÓPOLIS (ANITÁPOLIS, ANGELINA, ÁGUAS MORNAS, SÃO JOSÉ, SÃO BONIFÁCIO), COM PAVIMENTAÇÃO ATÉ A SEDE, E RODOVIÁRIA.

Agradecemos a gentileza de nos informar como chegou até a ECOCERT BRASIL:
Indicação de cliente ECOCERT ( ) Qual?
Indicação da AAO ( )
Pesquisa no site ( X )
Outros? Quais?



# GOSTARIA , SE POSSSÍVEL RECEBER SEPARADAMENTE INFORMAÇÕES DO CUSTO PARA IMPLANTAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PARA AS DUAS UNIDADES INDEPENDENTEMENTE (UNIDADE GRANDE FLORIANÓPOLIS E UNIDADE MEIO OESTE), DE ACORDO COM CONTATO ANTERIOR COM VANICE.
OBRIGADO

MANEJOS RELACIONADOS A PREVISÃO DE CLIMA

Pelos mapas de previsão climática de curto período, aparecem para os próximos dias nos municípios abrangidos pelos programas de apicultura, temperaturas excessivamente baixas, os manejos em campo devem permanecer de natureza específica para o período de entre safra, sem qualquer modificação do quadro de trabalho durante esse período específico.Esses manejos estão relacionados prioritariamente a manutenção de temperatura estável e satisfatória nas câmaras de cria, e economia do consumo das reservas energéticas dos enxames. Esse foco especificamente é de extrema importância, pois o mel armazenado garante a sobrevivência dos enxames pela geração de calor, após ingestão em períodos de frio, assim como, o impulso energético necessário ao arranque das colmeias com o início do aparecimento dos estímulos ambientais e alimentícios.Para isso, são necessários cuidados para garantir iníco de boa temporada na primavera.1. Analisar reservas enegéticas. Para enxames normais com ocupação integral da câmara de cria, são necessários quatro favos operculados com mel. Se as reservas forem insuficientes, é necessário suprir artificialmente esse déficit. Devem ser usados substitutos energéticos que em hipótese alguma possam produzir estímulo em alteração positiva na postura das rainhas, como tambem serem de difícil conversão energética. É vetado o uso de xaropes com concentrações inferiores a 60% em sacarose e pastas de mel e açúcar. Ambos substitutos produzem reação de aumento de postura nas rainhas, desde que ocorram condições ambientais favoráveis, e que simultâneamente ocorra entrada de pólen natural.Substitutos satisfatórios para essa finalidade são: açúcar refinado em pó (diretamente nos ninhos), xaropes com concentração em sacarose superiores a 60%, e pasta de açúcar e xarope concentrado. Evita-se o uso de mel, por potencializar propagação de doenças e propiciar pilhagem.
2. Redução de espaços desnecessários nas colmeias.O uso de entre tampas verticais e horizontais, se faz necessária, garantindo a aproximação das abelhas somente nas câmaras de cria, ocorrendo economia de calor e mel, necessários para a ultrapassagem do período crítico.Nas regiões mais altas com temperaturas mais baixas, nos pequenos enxames que não ocupam a totalidade da câmara de cria, os pequenos enxames devem ser trazidos para o centro dos ninhos e o "poncho" deverá ser instalado.





quarta-feira, 16 de maio de 2007

MANEJOS RELACIONADOS AS PREVISÕES CLIMÁTICAS E SAZONALIDADE DE FLORAÇÃO

Pelos mapas de previsão climática de curto período, não aparecem para os próximos dias nos municípios abrangidos pelos programas de apicultura, temperaturas excessivamente baixas, exceto Anitápolis, que em algum momento baixa dos dez graus Celsius.
De qualquer forma, os manejos em campo devem permanecer de natureza específica para o período de entre safra, sem qualquer modificação do quadro de trabalho durante esse período específico.
Esses manejos estão relacionados prioritariamente a manutenção de temperatura estável e satisfatória nas câmaras de cria, e economia do consumo das reservas energéticas dos enxames. Esse foco especificamente é de extrema importância, pois o mel armazenado garante a sobrevivência dos enxames pela geração de calor, após ingestão em períodos de frio, assim como, o impulso energético necessário ao arranque das colmeias com o início do aparecimento dos estímulos ambientais e alimentícios.
Para isso, são necessários cuidados para garantir iníco de boa temporada na primavera.

1. Analisar reservas enegéticas. Para enxames normais com ocupação integral da câmara de cria, são necessários quatro favos operculados com mel. Se as reservas forem insuficientes, é necessário suprir artificialmente esse déficit. Devem ser usados substitutos energéticos que em hipótese alguma possam produzir estímulo em alteração positiva na postura das rainhas, como tambem serem de difícil conversão energética. É vetado o uso de xaropes com concentrações inferiores a 60% em sacarose e pastas de mel e açúcar. Ambos substitutos produzem reação de aumento de postura nas rainhas, desde que ocorram condições ambientais favoráveis, e que simultâneamente ocorra entrada de pólen natural.
Substitutos satisfatórios para essa finalidade são: açúcar refinado em pó (diretamente nos ninhos), xaropes com concentração em sacarose superiores a 60%, e pasta de açúcar e xarope concentrado. Evita-se o uso de mel, por potencializar propagação de doenças e propiciar pilhagem.

2. Redução de espaços desnecessários nas colmeias.
O uso de entre tampas verticais e horizontais, se faz necessária, garantindo a aproximação das abelhas somente nas câmaras de cria, ocorrendo economia de calor e mel, necessários para a ultrapassagem do período crítico.
Nas regiões mais altas com temperaturas mais baixas, nos pequenos enxames que não ocupam a totalidade da câmara de cria, os pequenos enxames devem ser trazidos para o centro dos ninhos e o "poncho" deverá ser instalado.

3. Roçagens, abertura de clareiras maiores para entrada de maior quantidade de calor proveniente do sol, deverão ser realizados nessa época.

PREVISÃO DE CLIMA PARA MUNICÍPIOS DA GRANDE FLORIANÓPOLIS - CURTO PRAZO






PREVISÃO DE CLIMA PARA SANTA CATARINA - TRIMESTRAL

MAIO, junho E JULHO/ 2007
TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DO MAR (TSM) Condições de resfriamento do Pacífico Equatorial
Em abril, grande parte do Pacífico Equatorial registrou anomalias negativas de TSM, indicando o início da La Niña, e a previsão para os próximos meses é de persistência do fenômeno. Climaticamente, estas condições de resfriamento do Pacífico resultam em diminuição no volume de chuvas em Santa Catarina.
A TSM na região próxima ao Sul do Brasil tem apresentado anomalias positivas desde fevereiro de 2006.
PRECIPITAÇÃOPara o trimestre maio-junho-julho, a previsão é de chuva entre a média e abaixo da média climatológica no Estado.
Em maio, o volume de chuva estará abaixo da média no Oeste, Meio Oeste e Planalto Norte de Santa Catarina, ficando na média no restante do Estado. Já em junho e julho, a previsão é de chuva entre a média e um pouco abaixo da média em todas as regiões catarinenses. Neste trimestre, a distribuição da precipitação estará irregular no tempo e no espaço e a ocorrência de chuvas intensas ficará restrita a situações de passagem de frentes frias. As massas de ar seco atuarão em períodos prolongados, em associação aos bloqueios atmosféricos.
TEMPERATURA
O trimestre será caracterizado por períodos de frio intercalados com ondas de calor (veranicos). No mês de maio, devido à maior persistência de massas de ar frio, estão previstas temperaturas mais baixas que a média climática, quando ocorrerão os primeiros registros de geadas amplas no Estado. Em junho e julho, as temperaturas estarão dentro da normal climatológica, quando episódios de frio intenso estarão intercalados com períodos de temperaturas mais elevadas.
RESENHA AGROCLIMÁTICA
A primeira quinzena de maio marcará o término da bem sucedida safra da soja e do milho safra em todo o Estado, bem como o início da semeadura do trigo. A previsão de chuva irregular e abaixo da média será favorável para tais atividades. Em contrapartida, a segunda safra do feijão e do milho pode ser prejudicada devido ao déficit hídrico, principalmente no Oeste do Estado, enquanto nas outras áreas de cultivo (Alto Vale do Itajaí e Litoral Sul) os cenários são mais otimistas. No Planalto Norte, o risco climático para o feijão safrinha é maior, por ser uma região inapta para este cultivo, de acordo com o Zoneamento Agroclimático.
A deficiência hídrica durante o desenvolvimento de vagens do feijoeiro, prevista para o mês de maio, acarreta a perda das folhas inferiores, redução da área foliar, menor desenvolvimento das vagens e produção de sementes de menor peso. A mesma condição de tempo para o milho, durante o período de formação de colheita, reduz o tamanho dos grãos, porém, durante a maturação, tem pouco efeito sobre o rendimento da cultura.
Rosandro Minuzzi, Maurici Monteiro e Laura Rodrigues - MeteorologistasSetor de Previsão de Tempo e Clima - Epagri/Ciram(48) 3239-8064 / 8066 / 8067Rod. Admar Gonzaga, 1347 - Itacorubi - Florianópolis-SChttp://ciram.epagri.rct-sc.br

sábado, 21 de abril de 2007

A SAFRA DE MEL NA ARGENTINA E URUGUAI - James Arruda Salomé

No congresso de Macia, Entre Rios - AR, tive oportunidade de conversar com técnicos e produtores da Argentina e da República Oriental do Uruguai, e todos foram unânimes em salientar a quebra de safra em algumas regiões uruguaias e em em todas as regiões argentinas. A Argentina, por exemplo, produz anualmente 100.000 toneladas de mel, e esse ano colherá apenas metade (50.000 toneladas). Essa quebra foi devido a chuva torrencial que caiu nas principais regiões apícolas argentinas, durante a safra. No Uruguai, a situação é similar, onde as quebras de safra foram significativas, e começa a busca de mel em outras regiões para cumprimento de contratos pré - fixados. Essa diminuição de oferta final de produto no mercado, fez subir o preço do produto em até 40%, atingindo as cifras de dois dólares americanos (R$ 4,20) por kilo de produto (F.O.B.).

sexta-feira, 20 de abril de 2007

CONGRESSO ARGENTINO DE APICULTURA


CONGRESSO ARGENTINO DE APICULTURA


LANÇAMENTO DE PROGRAMA DE A. P. L. EM SÃO MIGUEL DO OESTE

Dia 23/05/2007 será lançado oficialmente no município de São Miguel do Oeste, o programa de Arranjo Produtivo Local, para cem produtores, localizados nos municípios de São Miguel do Oeste, Itapiranga, Dionísio Cerqueira, Romelândia, e São José do Cedro.
O evento terá participação dos técnicos e consultores do SEBRAE-SC, agente regionais de articulação e da diretoria do SEBRAE catarinense.

CRONOGRAMA DE CONSULTORIA TECNOLÓGICA PARA O PÓLO DE VIDEIRA

Dia 02/05/2007 - Fraiburgo as 13:00hs
Dia 03/05/2007 - Matos Costa
Dia 04/05/2007 - Luzerna / Água Doce
Dia 05/05/2007 - Salto Veloso / Arroio Trinta
Dia 06/05/2007 - Caçador
Dia 07/05/2007 - Videira / Rio das Antas
Exceto Fraiburgo que inicia as 13:00 horas, as demais regiões iniciam as 09:00 horas

CRONOGRAMA DE CONSULTORIA TECNOLÓGICA PARA A GRANDE FLORIANÓPOLIS

Dia 25/04/2007 - município de Anitápolis
Dia 26/04/2007 - município de São Bonifácio
Dia 27/04/2007 - município de Angelina
Dia 28/04/2007 - município de Águas Mornas

Todas as regiões os trabalhos iniciam as 09:00 hs.

sábado, 31 de março de 2007

PLANO DE AÇÃO PARA CONSULTORIA TECNOLÓGICA NA GRANDE FLORIANÓPOLIS.

O estabelecimento dos focos das consultorias tecnológicas, é resultado de debate entre produtores de cada um dos quatro grupos participantes do programa e o consultor. Cada grupo (Angelina, Anitápolis, São Bonifácio, Águas Mornas) definiu suas necessidades técnicas e consequentemente seus objetivos de trabalho.

ÁGUAS MORNAS
- Estabelecimento de condomínio para criação de abelhas rainhas para processo seqüencial de seleção e melhoramento.
- Busca de certificação orgânica para apiários localizados em regiões propicias para produção certificada.
-. Caracterização do mel produzido
- Manejos diversos em campo, principalmente aqueles concernentes ao gerenciamento das colméias durante a safra.

ANITÁPOLIS
- Reforço em conteúdo de manejos gerais
- Estabelecimento de calendário operacional técnico para o campo, no município de Anitápolis.
- Estabelecimento de condomínio para criação de abelhas rainhas para processo seqüencial de seleção e melhoramento.
- Busca de certificação orgânica para apiários localizados em regiões propicias para produção certificada.
- Caracterização do mel produzido.
- Certificação do material vivo a ser produzido.

ANGELINA
- Reforço em conteúdo de manejos gerais.
- Estabelecimento de condomínio para criação de abelhas rainhas para processo seqüencial de seleção e melhoramento.
- Caracterização do mel produzido.
- Estabelecimento de calendário operacional técnico para o campo, no município de Angelina.
- Nutrição apícola, bases práticas.
- Busca de certificação orgânica para apiários localizados em regiões propicias para produção certificada.


SÃO BONIFÁCIO
- Estabelecimento de condomínio para criação de abelhas rainhas para processo seqüencial de seleção e melhoramento.
- Busca de certificação orgânica para apiários localizados em regiões propicias para produção certificada.
- Reforço em conteúdo de manejos gerais.
- Estabelecimento de calendário operacional técnico para o campo, no município de Anitápolis.

CURSOS NO RIO GRANDE DO SUL

CURSO:
SANIDADE APICOLA

20 HORAS EM 3 DIAS

14, 15, 16 DE MAIO
(manhã e tarde)

LOCAL: C.D.L. PELOTAS
(câmara de lojistas)
Rua Felix da Cunha 765

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:

Fone: (53) 32285477
(53) 99111651
e-mail: senaque2005@yahoo.com
CURSO:
PRODUTOS DA COLMÉIA

8 HORAS EM 2 DIAS

17,18 DE MAIO (16:30-22:30)

LOCAL: C.D.L. PELOTAS
(câmara de lojistas)
Rua Felix da Cunha 765


INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:

Fone: (53) 32285477
(53) 99111651
e-mail: senaque2005@yahoo.com
PALESTRA:
ALIMENTAÇÃO NO OUTONO
12 DE MAIO 15 horas

LOCAL:
“CENTRO DE INTEGRAÇÃO
DO MERCOSUL”
Rua Andrade Neves 1529
Pelotas

*ENTRADA LIVRE PARA PARTICIPANTES DOS CURSOS

*ENTRADA R$ 5 PARA NÃO PARTICIPANTES DOS CURSOS
INFORMAÇÕES FONE (53) 32285477
senaque2005@yahoo.com
MANEJOS PRODUTIVOS

CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

ASSESSORIA TECNICA

SEGUIMENTO PRODUTIVO

GESTÃO: “EMPRESA APICOLA”

FONE DE CONTATO:

53 32285477
53 99111651

E-MAIL DE CONTATO:

senaque2005@yahoo.com

CONGRESSO ARGENTINO NO MES DE ABRIL

E X P O M A C I A 2 0 0 7
1 2º F I E S T A P R O V I N C I A L D E L A M I E L
13, 14, 15 de A b r i l de 2 0 0 7

Ciclo de Conferencias, Dinámicas y Clínicas

Viernes 30 de Marzo

15:00 Hs. Clínica
Control de varroa de fin de temporada
Ing. Gustavo Zapata- ECAT-Mercedes-ROU
(Cupo limitado con inscripción previa, TRAER INDUMENTARIA)
Costo: $ 20,00

Sábado 31 de Marzo


09:30 Hs. Conferencia
“Nosemosis. Situación mundial, agentes causales, diagnóstico y tratamiento”.
Lic. Gabriel Sarlo . Universidad Nac. de Mar del Plata

10:00 Hs. Dinámica
Multiplicación de fin de temporada
Ing. Agrónomo – Daniel Poffer -PROAPI – Argentina y Tec. Univ. En producción
apícola Javier Crettaz (Asesor Cambio Rural – INTA)
(Cupo limitado con inscripción previa, TRAER INDUMENTARIA)
Costo: $20,00

14:00 Hs.
“Avances en el uso de propóleos destinado al control de Varroa destructor. Aspectos biológicos del ácaro”.
Lic. Natalia Damiani . Universidad Nac. de Mar del Plata Conferencia

15:30 Hs. Dinámica
Reciclado de colmenas con Loque Americana
Tec. Univ. En producción apícola Sebastián Ghirotti y Tec. Univ. En producción
apícola Marcelo Walter (Asesor grupo GISER)
(Cupo limitado con inscripción previa, TRAER INDUMENTARIA)
Costo: $ 20,00

16:00 Hs. “Manejo integrado de Varroa destructor”
Lic. Matías Maggi – Universidad Nac. de Mar del Plata


18:45 Hs. 2º Encuentro de Mujeres Apícolas del MERCOSUR




E X P O M A C I A 2 0 0 7
1 2º F I E S T A P R O V I N C I A L D E L A M I E L
13, 14, 15 de A b r i l de 2 0 0 7

Ciclo de Conferencias, Dinámicas y Clínicas


Domingo 1º de Abril



09:00 Hs. Dinámica
Aplicación de la Resolución 870/06 para Salas de Extracción
Ing. Milton Sabio- SAGPYA- Ing. Gabriel Caraballo - Sec. Prod. de Entre Ríos
Cupo Limitado- inscripción previa

09:30 Hs. Síndrome de desaparición de colmenas, discusión de causas o supervivencia de las colmenas en condiciones límites II
Lic. Antonio Gómez Pajuelo- Castellón- España


10:30 Hs. Dinámica
Ganancias en la productividad con la introducción directa de núcleos
en colmenas en producción”
Lic. James Arruda Salomé – Florianópolis (S.C.)-Brasil



14:30 Hs. “Efecto de una premezcla de vitaminas y aminoácidos (PROMOTOR L)
Administrada con el alimento sobre los parámetros productivos de las
Colmenas”.
Lic. Antonio Gómez Pajuelo- Castellón- España


16:30 Hs. Panel de Exportadores
Comisión de Miel Fraccionada – Ing. Silvia Angel
Como Iniciarse en la Exportación de miel – BERSA




Informes:
Secretaría de Producción de la Municipalidad de Maciá
e-mail: sproduccion@virtual-net.com.ar - Telefax:0054-3445-461397/363/240
Parque del Centenario - 3177-Maciá-Entre Ríos-Argentina

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - James A. Salomé

O processo de extração de mel atualmente realizado no Brasil, dentro da cadeia produtiva da apicultura, define-se como sendo de eficiência parcial. A partir da colheita do mel nos favos e de sua respectiva extração para obtenção do produto final, existem perdas consideráveis em toda a seqüência dentro deste processo, desde a desoperculação, aproveitamento dos opérculos, recuperação da cera, centrifugação dos favos e sua relação com a eficiência final. Esta perda atualmente, através de acompanhamento técnico, dentro dos programas de A.P.L.s e dentro de Programas Setoriais de Apicultura no Estado de Santa Catarina, tem mostrado índices que tem chegado até a 35% de perda de mel, a partir da colheita dos favos, até o resultado final do mel processado. Somente no Estado de Santa Catarina são produzidas 6.000 toneladas de mel anualmente, e com as melhorias nos processos tecnológicos em máquinas e equipamentos para extração e beneficiamento que atinjam eficiência satisfatória, é possível chegar a cifra de produção anual 35% superior, o que corresponde a 2.100 toneladas a mais de mel, somente em Santa Catarina. No Brasil, a eficiência do processo, acrescentará 14.000 toneladas de mel alem das 40.000 toneladas produzidas anualmente no Território Nacional. A deficiência destes equipamentos fez com que fossem tomadas decisões chaves em que focos da extração de mel se faziam mais deficientes, e consequentemente a decisão em construir os equipamentos necessários para o objetivo de aumento de eficiência. Os materiais e equipamentos a serem construídos serão:
Recuperadora de opérculos.
Máquina automática para limpeza de pólen Apícola
Centrífuga de alta rotação para recuperação de opérculos
Centrifuga radial paralela
Centrifuga para recuperação de favos velhos
Faca desoperculadora a quente
Pasteurizador para mel
Alimentador em plástico injetado tipo Dolittle
Escape abelha tipo Porter.
Ocorreu este ano de 2006, em chamada pública realizada pelo FINEP e SEBRAE Nacional, processo de seleção para inovação tecnológica a nível nacional. O SEBRAE-SC participou através de seu setor de agro negócio, com projeto para desenvolvimento de máquinas e materiais. Estão integrados ao projeto, a Escola Técnica Metal Mecânica de Panambi – RS, seis empresas do setor metal mecânico do A.P.L. de Chapecó, e a Cooperativa Apícola de Santa Catarina (parceira do SEBRAE-SC no A.P.L. de Videira). As máquinas a serem desenvolvidas no projeto são inéditas em nível de extração de mel no Brasil, e os protótipos serão desenvolvidos pela escola e SEBRAE-SC, testadas pela cooperativa e produzidas pelas empresas envolvidas no projeto. Após o desenvolvimento dos protótipos e depois que servirem de modelos para as empresas produtoras das máquinas, estas ficarão na sede da cooperativa, podendo ser utilizadas pelos associados de toda a região.
Dentro deste pacote tecnológico, ocorrerão impactos de diferentes naturezas que enumeramos a seguir.

IMPACTO CIENTÍFICO:

O pacote tecnológico apresentado, com sua diversidade de materiais, máquinas e equipamentos, servirá de base para estudos tecnológicos dentro de níveis diferenciados no meio acadêmico, desde graduação, especialização, mestrado e doutorado. Alem das máquinas em si, há possibilidade de trabalhos referentes a eficiência das mesmas nos processos da cadeia produtiva, e sua melhoria nos rendimentos e processos empregados de extração e beneficiamento de mel.
A partir do momento em que houver concretização do projeto, há possibilidade de divulgação do pacote tecnológico na revista de periodicidade bimestral Informativo Apícola Zum Zum, e na revista Mensagem Doce, também de circulação bimestral, e ambas de circulação nacional.
Alem dessas duas revistas que não são indexadas, ocorrerá publicação dos resultados na Revista Agro Pecuária Catarinense, esta é uma revista indexada de publicação da Empresa de Pesquisa e Extensão Rural do Estado de Santa Catarina.
Em encontros regionais de apicultura, congressos estaduais de apicultura, e congresso brasileiro de apicultura serão apresentados o resultado do trabalho, assim como, as máquinas pertencentes ao projeto.


IMPACTO TECNOLÓGICO:

Os equipamentos e materiais que surgirão a partir dos esforços conjuntos entre os executores, especialistas e empresas serão classificados de alta eficiência em rendimento.
Os processos que acompanharão as máquinas e equipamentos serão inovadores para a cadeia produtiva na apicultura brasileira.
Utilização de tecnologia de ponta a nível mundial.
Será possível a obtenção de patentes em pelo menos algumas das máquinas e equipamentos a serem desenvolvidos.

IMPACTO ECONÔMICO
Diversificação da produção de máquinas nas empresas envolvidas no projeto.
Captação de mais mão de obra para a produção dessas máquinas, significando aumento do índice de empregos.
Geração de impostos com a comercialização destas máquinas dentro do Brasil e para exportação.
Redução de gastos nos processos de extração de mel.
Eficiência no processo de extração de mel, denotando maiores índices de rendimento em produto final.
Aumento de rentabilidade em até 35% em produtividade de mel extraído, aumentando significativamente a renda do produtor.
Alem do mel, há maior rentabilidade nos processos de recuperação de cera de abelhas, produto ainda escasso, por falta de adequação de manipulação, que apresenta alto valor comercial.

IMPACTO SOCIAL

Melhoria do processo produtivo, que trará a organização do produtor para trabalhar em associação, núcleo, grupo e cooperativa.
Um processo tecnológico, como o proposto, pode incrementar os índices de adesão à atividade de pequenos produtores rurais.
Com maior rendimento pós colheita, a renda do produtor melhorará significativamente.
O aumento de renda gerado pela eficiência do processo, naturalmente será traduzido em melhoria do nível de vida daqueles produtores já enquadrados na atividade.

IMPACTO AMBIENTAL

A atividade apicultura se caracteriza pela sustentabilidade, pois não há derrubada de formações vegetais nativas para sua implantação. Pelo contrário, é desejável a permanência dessas formações para a produção de matéria prima para a produção de néctar, que se transformará em mel nas colméias.
A abelha auxilia na polinização das flores da mata nativa, e consequentemente no aumento de diversidade biológica, em se tratando de fluxo gênico.
Auxilio, através de fluxo gênico em manter a biodiversidade local e regional, através do aparecimento de indivíduos com resistência a vários critérios de adversidade ambiental.
Para a atividade ser lucrativa é necessário o pasto com flores, que pode ser im plementado e formado com espécies ricas em néctar da mata nativa. Essa formação de pasto para as abelhas, faz aumentar produtividade e recuperar áreas degradadas.
A formação de pasto específico, nativo, rico em néctar, pode ser implantado no caso de matas ciliares, áreas que sofreram forte erosão de solo, e que certamente atrairá não só abelhas, mas a fauna regional.

Já há estudos científicos sobre quais espécies nativas devem ser incluídas nesse item, respeitando características de clima e solos regionais.
As melhores formações vegetais para a produção de néctar, são aquelas consideradas até o estágio de Capoeirão e de Floresta Secundária. É nesse estágio de desenvolvimento da Floresta em direção a mata primária, que acontece a derrubada para implantação de campos de pecuária e agricultura, pois essa madeira é considerada de baixo valor comercial. A apicultura se enquadra de modo perfeito nesse processo, por ser uma atividade com rentabilidade econômica e de manutenção dos recursos ambientais locais.

Previsão climática para municípios da grande Florianópolis no período de 01/04 a 05/04





POLINIZAÇÃO DE MACIEIRAS EM SANTA CATARINA

A POLINIZAÇÃO DE MACIEIRAS NO ESTADO DE SANTA CATARINA
James Arruda Salomé. Biólogo. MSc em Recursos Genéticos Vegetais

A macieira foi introduzida no Estado de Santa Catarina – Brasil, no ano de 1940, sendo os primeiros pomares implantados com a cultivar Reinette, originária do Canadá. O cultivo se restringiu às pequenas e médias propriedades até o inicio da década de 70, quando a pomicultura catarinense teve grande impulso, consolidando este Estado como maior produtor brasileiro de maçãs (Santos, 1994). Na safra 2001/2002, a área plantada no Estado de Santa Catarina foi de 16.779 hectares, com volume de produção de 474.516 toneladas de frutos, com produtividade de 28, 28 toneladas de frutos por hectar. O custo médio por hectar de macieira está em torno de US $ 2.253,00, que perfaz um lucro total de US $ 93.995.58,00 (ABPM, 2002).
Atualmente os pomares catarinenses estão passando por um processo de renovação, sendo que as principais cultivares plantadas são Gala, Fuji e Golden, com respectivamente 46%, 45% e 6% do total da área plantada.
As flores de macieira possuem estames e estigmas em posição e amadurecimento, que favorecem a simples queda do pólen por gravidade para ocorrer à fecundação dos óvulos; porem; isto não acontece, pois a proximidade de material genético entre as flores de uma mesma planta, e mesmo entre as flores de diferentes plantas da mesma cultivar, faz com que ocorra um aborto do tubo polínico, não havendo, portanto, a migração do núcleo germinativo do grão de pólen do estigma, passando pelo estilete e chegando ao ovário, onde ocorreria a fecundação dos óvulos e, conseqüentemente, a formação de sementes e frutos.
Na maioria das constatações, a macieira é auto-estéril, não sendo capaz de produzir sementes se receber pólen de flores de plantas da mesma cultivar (Salomé, 1999).
Ushirosawa (1978) menciona que mesmo as cultivares diplóides (a maioria delas) do grupo Delicious, como a Starkrimson, apresentam baixíssima taxa de auto fecundação. Em experimentos realizados em diversas cultivares, foram obtidas taxas de auto fecundação que variavam de 0% a 10%; todas apresentaram oito décimos a três sementes por fruto, contra cinco a oito sementes quando em polinização livre.
A semente estimula o desenvolvimento do tecido da maçã na sua vizinhança; um fruto com três sementes de um lado e nenhuma noutro será assimétrico (Childers, 1976). Para ocorrer boa frutificação efetiva da macieira são necessárias, no mínimo, quatro a seis sementes por fruto.
Para a produção comercial desta cultura, então, há necessidade de polinização cruzada, que é a transferência de grãos de pólen das anteras da flor de uma planta de determinada cultivar ao estigma da flor de uma planta de outro cultivar (exemplo: cultivar Gala e cultivar Fuji) (Salomé op. cit.).
Segundo Orth et al. (2000) a polinização da macieira é uma fase critica da exploração desta cultura. Falhas na frutificação efetiva das macieiras podem ter repercussão negativa no retorno financeiro do investimento. Além da quantidade de frutos produzidos, o tamanho destes e sua simetria dependem diretamente do número de sementes que são formadas no ovário, frutos de uma fertilização subseqüente a uma polinização, geralmente cruzada, ocorrida nas flores de macieira. Devido à importância na classificação final do fruto para o mercado consumidor, é natural que os frutos maiores e bem formados (simétricos) atinjam melhores preços, maximizando os lucros da comercialização.
Neste contexto, a polinização cruzada é de fundamental importância dentro do processo produtivo, devendo ser conduzida de maneira racional e eficaz, a fim de se alcançar altos índices de fertilização de flores e conseqüentemente, formação de sementes.
Uma boa polinização e fertilização de flores dependem de vários fatores. Em primeiro lugar devemos assegurar uma boa e uniforme floração dos pomares. O suprimento de pólen para que seja viabilizada a polinização cruzada também é importante. Neste sentido a cultivar polinizadora também deve apresentar floração abundante e estar presente em número suficiente no pomar. Além disto, deve ocorrer coincidência entre o período de floração das cultivares principais e polinizadoras. Devemos sempre lembrar que uma distribuição eqüitativa entre duas ou mais cultivares sempre é o melhor esquema de plantio para assegurar uma boa polinização, embora os produtores sempre procurem implantar pomares com maior densidade de uma determinada cultivar em relação às demais para facilitar as demais operações de manejo do pomar, bem como para plantar preferencialmente a cultivar que permita uma maior renda ao produtor.
As cultivares polinizadoras, além de apresentar floração abundante, também devem apresentar boa compatibilidade com as cultivares principais, bem como apresentar pólen com alto poder germinativo. A viabilidade do pólen pode ser testada “in vitro” através de metodologias relativamente padronizadas.
As condições climáticas podem afetar adversamente a polinização. Períodos chuvosos, frios e de muito vento podem diminuir a frutificação efetiva afetar adversamente a fisiologia reprodutiva da planta (Dennis, 1981) como também influir na atividade dos agentes polinizadores. Os tratamentos fitossanitários que são efetuados durante o período de floração também podem se constituir em entraves. Tanto os inseticidas como os herbicidas são letais aos polinizadores e por isto devem ser utilizados com o máximo de critério neste período. Já os fungicidas podem, possivelmente, afetar a germinação dos grãos de pólen na superfície estigmática da flor.
As flores de macieira apresentam características como a morfologia, coloração, fenologia e recursos florais típicos de flores polinizadas por abelhas e outros insetos. De um modo geral a flor da macieira apresenta características de flor de fácil visitação por inúmeros polinizadores. Em relação aos recursos florais, a flor não apresenta quantidade e/ou qualidade de néctar suficiente para viabilizar uma colheita de mel em colméias que forrageiam em nossos pomares, embora em outros países a flor de macieira tem sido considerada uma boa fonte de néctar para as abelhas (Free, 1993).
Inúmeros experimentos tem evidenciado que o comportamento da abelha por ocasião da visita à flor é importante para assegurar uma boa polinização cruzada. Primeiramente, é desejável que as abelhas se desloquem continuamente entre diferentes árvores para oportunizar melhor a deposição do grão de pólen certo sobre o estigma das flores. Uma diminuição dos recursos florais, obtido por exemplo, com o aumento de densidade de colméias nos pomares vai forçar as abelhas coletoras a um deslocamento mais retilíneo e portanto à um maior deslocamento entre árvores. Por ocasião da visita às flores, as abelhas coletoras de pólen são também mais eficientes polinizadoras do que as abelhas coletoras de néctar, pois sempre abordam a flor pelo topo, tocando os estigmas e anteras. Eventualmente as abelhas coletoras de néctar podem obter este recurso floral por um posicionamento lateral, sobre as pétalas, sem haver contato do corpo do inseto com as anteras e estigmas (Robinson, 1980).
As colméias racionais e padronizadas (modelo Lang.) que prestam serviços de polinização em macieiras no Estado de Santa Catarina são alugadas pelos pomicultores dos apicultores geralmente nos meses de Setembro e de Outubro, na quantidade de 50.337 colméias pelo valor de R$ 23,00 cada, sendo que a densidade média é de 3 colméias por hectar (2 colméias/ha na cultivar Fuji e 4colmeias/há na cultivar Gala).
É importante que estas colméias possuam rainhas com bom potencial de postura, populações de abelhas adultas suficientes para o desenvolvimento normal do ciclo de vida, assim como, grande capacidade de forrageamento pela presença de numerosas abelhas campeiras. Esta característica é observada em colméias que estejam com pelo menos 8 favos cobertos com abelhas adultas, e que também apresentem um grande volume de cria aberta. Nestas condições, há necessidade contínua de aporte de pólen para a produção de geléia real, afim de alimentar as larvas até o 3º dia de vida e produção de “pão de abelha” (mistura de mel e pólen) para alimentar as larvas a partir do 4º dia até o momento da operculação da célula (final do 6º dia de larva). É interessante prover reservas energéticas às colméias. Favos vazios, presentes no ninho, aumentam a tendência natural das abelhas campeiras forragearem a procura de néctar, diminuindo sensivelmente a procura por material protéico.
Um fator limitante na região que concentra os pomares de macieira é o frio na época de floração (Setembro e Outubro) que muitas vezes dificulta a atividade campeira das abelhas e, por conseguinte muitas vezes também enfraquece as colméias.
Embora muitas vezes, as horas-frio necessárias à quebra natural da dormência das plantas não seja alcançada naturalmente e devem ser utilizados tratamentos necessários para que inicie a floração, pode ocorrer antecipação da floração. Este é um fator que preocupa, pois, as colméias são transportadas aos pomares quando ainda não conseguiram alcançar suficiente grau de desenvolvimento populacional a partir das florações nativas regionais. Nas regiões com abundância de bracatinga (Mimosa scabrella) esta espécie supre a demanda inicial de pólen e néctar para o desenvolvimento das colméias após o inverno, desde que anteceda o suficiente, o período de floração da macieira.
Neste aspecto, às vezes, há necessidade de intervenção prévia nas colméias com o uso de rações protéicas estimulantes, suprindo assim as deficiências de pólen da florada nativa, antes do transporte das colméias aos pomares. Este manejo permite obter-se volumes satisfatórios de cria aberta, e principalmente de abelhas adultas novas, pois a população de campeiras que inicia o trabalho de coleta no inicio da primavera é aquela nascida no outono, e naturalmente estas abelhas com idade muitas vezes superior a 100 dias, morrem logo após os primeiros dias de atividade forrageira. É necessário para um satisfatório serviço de polinização que haja movimentação de abelhas campeiras sobre as flores de macieira na proporção de 8 a 12 abelhas no mínimo a cada trinta segundos.
Após as colméias atingirem níveis populacionais satisfatórios, chegou o momento de transporta-las aos pomares. Geralmente, as colméias devem ser transportadas aos pomares quando cerca de 20% das flores estiverem abertas. A introdução mais precoce das colméias nos pomares, incentiva as abelhas campeiras a procurarem outras fontes de alimento, muitas vezes mais atrativo, no entorno dos pomares como as vassouras (Baccharis spp.) e assim estabelecerem padrões de forrageamento que não inclui a visita às flores de macieiras.
A distribuição das colméias é feito em bloco, nas áreas mais baixas sobre suportes previamente instalados, para não ocorrer interferência dos ventos na atividade das colméias. Além disso, os blocos são colocados na posição central dos pomares, para evitar que as abelhas busquem facilmente alimentação na mata nativa no entorno dos pomares.
Atualmente o transporte é feito com tela de alvado com escape – abelha invertido, que permite o conforto do apicultor em fechar as colméias durante o dia, sem perda de abelhas campeiras. A partir do momento da colocação das telas que são fixadas com tiras de borracha para evitar que o material saia da sua posição original, demora-se cerca de uma hora e meia para o recolhimento de todas as abelhas campeiras.
O conjunto é fixado para não ocorrer vazamentos de abelhas durante o percurso e então é carregado e amarrado nas carrocerias dos veículos que farão o transporte.

Referencias bibliográficas.

Associação Brasileira dos Produtores de Maçã. Anuário Estatístico. 2002. Fraiburgo-SC.
Childers, N. F. Modern Fruit Science. 7°ed. New Jersey. Horticultural Publications. 1976. p. 128-145.
Dennis Jr., F. G. Factors Affecting Yeld in Apple, with Emphasis on Delicious. Hort. Rev. 3. 1981. p. 395-422.
Free, J. B. Insect Pollination of Crops. 2ºed. London. Academic Press. 1993. 684p.
Orth, A. I. ; Salomé, J. A. ; Chelli, F. Manejo das Abelhas em Pomares de Macieira. Fraiburgo. Anais do III° ENFRUTI. 2000. p.69-74.
Robinson, W. S. The Behavior of Honey Bees on “Delicious” Apple Blossoms. Ph.D. Thesis. Cornell University. 1980. 90p.
Salomé, J. A. Abelha na For, Previsão de Bons Frutos. Inform. Zum Zum. 33(291). 1999. p. 03.
Santos, L. W. Primórdios da Pesquisa com Maçã em Santa Catarina. Agrop. Catarinense. 7(3). 1994. p.20-22.
Ushirosawa, K. Cultura da Maçã: A experiência Catarinense. Florianópolis. EMPASC. 1978. 295p.

Alimentação e Sobrevivência das Colónias em Condições Limite

Antonio Gómez Pajuelo
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Tel. e Fax: 964 24 64 94 - 607 884 222
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Todos os seres vivos respondem ao mesmo esquema de funcionamento, a sua sobrevivência baseia-se na utilização das mesmas matérias, que usam da mesma maneira.

Os organismos vivos necessitam incorporar uma série de matérias principais para o seu correcto funcionamento. Em resumo estas matérias são: os hidratos de carbono, as gorduras e as proteínas.

Os hidratos de carbono: são formados por hidrogénios, oxigénio e carbono, também são conhecidos como açúcares. Constituem cerca de 60% da dieta das pessoas, e uma parte major na das abelhas. São o combustível que queimam os seres vivos para manterem o seu funcionamento. Os açúcares podem ser mais ou menos complexos, queimando mais ou menos facilmente, proporcionando mais ou menos energia. Os mais sensíveis (monossacáridos: glucose e frutose, formados por 6 carbonos, 12 hidrogénios e 6 oxigénios), queimam rapidamente, como a lenha fina, dão um grande acréscimo de energia. Quando se encadeiam (combinam) dois monossacáridos forma-se um dissacárido (sacarose, 12 carbonos, 4 hidrogénios, 12 oxigénios). Quando se encadeiam 3, um trissacárido. Quando se encadeiam muitos, um polissacárido (ou açúcar superior, também chamado amido) que é como um tronco grosso, tem que se fazer atilhos (monossacáridos) para que prenda.

Os diferentes seres vivos têm capacidades distintas de assimilar e digerir os polissacáridos, desdobrando-os nos monossacáridos que o compõem. No entanto todos têm que realizar uma série de reacções químicas que transforme qualquer açúcar num só, a frutose, que é o único que as células de qualquer ser vivo podem queimar para transformá-lo em energia, convertendo-o num resíduo de gás carbónico (carbono e oxigénio CO² ) e agua (hidrogénio e oxigénio, H² O). Quando um ser vivo consome mais açúcares do que os que necessita queimar, guarda o excedente como reserva. Para isso, rompe a frutose (6 carbonos), elimina parte do oxigénio e produz 3 fragmentos, de 2 carbono, que volta a enlaçar reordenando-os de outra maneira mais compacta (glicerina), e vai somando fragmentos de 2 carbonos para formar uns compostos que se chamam gorduras.

As abelhas encontram hidratos de carbono no mel (80%) e no pólen (40%), e formam dois tipos de gorduras a partir destes açúcares: a cera (que é uma gordura sólida na temperatura ambiente) e as suas gorduras internas (que acumulam numas células vazias (tecido adiposo), sobre tudo no Outono, e que utiliza para a fabricação de hormonas, a manutenção da cobertura dos nervos...

Para que se produzam essas transformações é imprescindível a presença de certos componentes que estão no pólen e que são outras gorduras, enzimas... que actuam como iniciadores e catalizadores dessas reacções químicas.

Existem outro tipo de substâncias alimentícias para os seres vivos que, além de carbono, hidrogénio e oxigénio (como os açúcares e as gorduras), têm outro elemento imprescindível para a vida: o nitrogénio ou azoto. A essas substâncias nitrogenadas ou azotadas, chamam-se proteínas.

As proteínas: são formadas por elementos mais sensíveis, os aminoácidos, dos quais existem uma vintena, todos diferentes. Existem muitos tipos de proteínas, que se diferenciam pelo número total de aminoácidos e nos tipos de aminoácidos que as formam. Pode-se dizer que os aminoácidos são como os ladrilhos, segundo o tipo que se utilize e como se juntem pode fazer-se com eles uma parede mestre, um tabique, uma coluna, uma abóbada... As diferentes proteínas têm missões distintas nos organismos vivos.

Nos seres vivos as substancias nitrogenadas, proteínas, têm uma grande variedade de funções: vão intervir na formação dos músculos, os tecidos de suporte (tendões, o esqueleto interno no nosso caso, o externo ou “carapaça” nas abelhas), as secreções digestivas (enzimas), as hormonas, os sistemas defensivos (imunológicos), os genes dos cromossomas (ADN), as células novas que repõem as danificadas nos tecidos...

Os seres vivos necessitam de ingerir proteínas na sua dieta (nós humanos até cerca de 15% do total de alimentos, as abelhas não sei, menos, seguro). Na digestão fragmentam-se em pequenos pedaços úteis, mais ou menos grandes, até aminoácidos, para aproveitar as partes nitrogenadas para fabricar outras proteínas úteis para o ser vivo que as ingere. As partes sem nitrogénio, assim como o carbono, hidrogénio e oxigénio, são queimadas ou convertidas em gordura.

Os diferentes seres vivos podem fabricar diferentes aminoácidos no seu organismo, a partir de fragmentos de outras moléculas que contenham carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio. Mas existem sempre alguns dessa vintena que não sabem “fabricar”, e que se mantêm inteiros na dieta, esses chamam-se aminoácidos essenciais. As diferentes espécies de seres vivos têm como “essenciais” diferentes aminoácidos dessa vintena. Essas substancias que um ser vivo não sabe “fabricar”, são conhecidas também com o nome de vitaminas, e a maioria continuam a ser do tipo nitrogenado (aminoácidos...) e/ou gorduras.

Na dieta das abelhas, o pólen, é o único aporte de substancias nitrogenadas (14%) e de gorduras externas (5%), sem contar as que sabem “fabricar” a partir dos açúcares.

Quando os aportes para a dieta são correctos, todas as reacções de transformação destas matérias em energia e noutras matérias diferentes funcionam bem; o organismo vive.

Mas o que é que se passa em condições limites? Quando falta alguma substância vital? Quando existe fome?...

Quando as abelhas padecem de falta de mel, faltando a administração de hidratos de carbono, não podem produzir energia, sobre todo calorífica, e diminui a sua capacidade de manter os 35º C constantes, ± 1º C, na zona de criação, quer dizer, quer dizer que a criação fica paralisada. Se o problema continua e se torna mais grave, a temperatura dos quadros de criação, ocupados vão diminuindo, o que torna mais lentas todas as reacções químicas dos seus corpos; as transmissões eléctricas dos nervos (o que põe ao ralenti os seus movimentos e a sua coordenação), a respiração, os movimentos musculares (o que acentua a diminuição da temperatura). Finalmente, quando se chega à fronteira aproximada dos 12º C, as abelhas ficam totalmente paralisadas pelo frio e morrem, formando um grupo compacto (cacho), introduzidas de cabeça nas células, num intento desesperado de conservar melhor as suas últimas calorias. Quase todos já o teremos visto alguma vez.

Até chegar a essa situação, o organismo das abelhas tentou produzir energia calorífica de qualquer maneira: primeiro, queimando as suas reservas de gordura, que armazenava nas células vazias das costas (ao nível do 2º anel abdominal), e quando estas escasseiam, queimando proteínas dos músculos, dos tecidos (intestino...). Pode-se dizer que o corpo se come a si próprio. Isto provoca uma diminuição do peso corporal, que pode chegar a uns 50% do seu valor normal. Finalmente, só restam as proteínas dos órgãos vitais e um mínimo de gordura que é imprescindível para a manutenção do nível das principais hormonas e o isolamento dos terminais nervosos que transmitem impulsos entre os tecidos, os órgãos e os gânglios cerebrais. Neste estado, as abelhas podem desaparecer com facilidade no campo durante um dia em que possam sair. As que permanecem na colmeia podem apresentar os mesmos sintomas de falta de proteínas e destruição dos tecidos digestivos, como que tenham sido parasitados por nosema, que é outra maneira de perder proteínas.

Quando as abelhas padecem de falta de pólen, por um lado porque não exista, por outro lado, porque o que está disponível não tem os nutrientes adequados (por seca, por exemplo), as reacções químicas de formação da gordura a partir dos hidratos de carbono não se dão e não podem acumular quantidade suficiente desta no seu corpo.

Se têm hidratos de carbono, mel, podem queimá-los para produzir calor, no entanto faltar-lhes-iam elementos necessários para a produção de hormonas e enzimas que controlam processos importantes: a fabricação de sucos digestivos, o sistema imunológico, o isolamento dos condutores nervosos, a produção de geleia real (o que vai paralisar a criação), a produção de cera...

A falta de pólen, também provoca no organismo das abelhas “fome de proteínas”, que tentam solucionar extraindo proteínas donde existam, fundamentalmente dos músculos e dos intestinos. Esta situação pode provocar danos celulares nestes tecidos, com a consequente diminuição do peso corporal, e a possível observação de tecidos danificados (como o digestivo) que deixa de produzir sucos digestivos e fica com danos que podem confundir-se com lesões de parasitoses por nosema.

Paralelamente a esse processo orgânico dá-se um aumento do instinto de recolha de pólen, o que faz com que, se não o encontram, recolectam qualquer coisa que se lhe pareça (farinha, pó de palha, pó dos fardos para o gado, e inclusivamente serradura de madeira!). Algumas destas substâncias podem alimentá-las alguma coisa (como a ração de leitão), outras pouco ou nada (palha, serradura...)

Todos os seres vivos têm mecanismos de comportamento semelhante, recordem-no filme de Chaplin em “A quimera de ouro”, comendo a sua bota guisada, os cordões como se fossem esparguete e a sola como se tratasse de um filete.

Tudo isto faz com que as abelhas se tornem muito mais sensíveis a qualquer problema que possa afectar a sua sobrevivência: enfermidades, intoxicações por produtos fitofarmacêuticos, meteorologia desfavorável...

Outro elemento imprescindível para a sobrevivência, à parte dos nutrientes mencionados, é a agua. Cerca de 2/3 da maior parte dos organismos vivos são agua (em alguns mais). A água intervém nas reacções químicas que mantêm a vida, como dissolvente e também como refrigerante. Em todas as reacções produz-se calor, e se este não é eliminado, a temperatura corporal irá subindo pouco a pouco até “ferver” as abelhas por dentro: as proteínas coagulam acima dos 45º C, perdendo as suas funções. As abelhas têm nas suas antenas uns termo receptores, termómetros, ligados aos nervos, que se activam quando a temperatura sobe ou baixa e enviam mensagens aos gânglios cerebrais que provocam determinados comportamentos (ventilação, agrupamento, colheita de agua...).

Se a temperatura sobe as abelhas saem à procura de água, colocam-na em gotas nos quadros e ventilam-na para que se evapore, isto “rouba” calor e a temperatura baixa para o seu nível normal. Se não a podem controlar assim, saem da colmeia e situam-se por baixo desta, na sombra, para evitar que a sua actividade dentro da colmeia eleve mais a temperatura.

Se faz frio, agrupam-se num cacho compacto, movendo-se produzindo assim calor (queimando as suas reservas de hidratos de carbono, mel que têm à mão no quadro e numa segunda fase, as suas gorduras internas). Se não podem manter constante (nalguma zona do quadro) uma temperatura de 35 ±1º C e uma humidade relativa de ao redor de 80%, cessa a criação (esta desidrata-se com facilidade através da sua fina pele). Por isso vêm-se abelhas recolhendo avidamente água no início da criação, na Primavera temporã, pois se falta agua na colónia, a criação paralisa-se.

Outro elemento que necessita agua é a respiração, o ar que entra nos sacos respiratórios, carrega-se de humidade interna das abelhas, humidade que estas devem repor. A excreção de resíduos também consomem agua. Se falta água no organismo da abelha, porque não há aportes, este tenta recuperá-la donde seja. Primeiro utilizará os tecidos que tenham mais água: a hemolinfa (tipo de sangue da abelha), que se espessará. Isto move por sua vez, água dos tecidos para o sangue. Os organismos vivos têm prioridades, pelo que o fluxo interno de água desvia-se até aos órgãos mais importantes: o tecido nervoso e o respiratório, retirando-a de outros menos importantes: os músculos, os intestinos... Se este processo segue, a hemolinfa torna-se tão espessa que o coração tem que fazer mais esforço para bombeá-la, e circula mal pelos capilares, o que provoca mais calor, pelo que consome mais água para regular a temperatura....

Nestas condições as abelhas tornam-se extremamente sensíveis a qualquer problema, acabando por perecer se o processo não for detido com o aporte de agua. Eu já vi colmeias mortas de sede; as que ficaram vivas recuperaram quando se lhes colocou um bebedouro com água.

Sintetizando tudo o que se escreveu até aqui, podem-se resumir pois, 3 tipos de condições limites referidas quanto à alimentação das colmeias:

1) Fome de hidratos de carbono, mel.
A solução é sensível, aportá-los. A melhor maneira para que as abelhas o assimilarem é na forma de xarope de água e açúcar branco (sacarose), que elas podem converter facilmente em frutose e aproveitar. Outra possibilidade é utilizar um xarope de frutose, obtido por hidrólise (ruptura) “larga” do AMIDO do milho. Finalmente, a menos desejável é utilizar um xarope de glucose, obtido por hidrólise (ruptura) “rápida”, do gérmen do milho; neste processo ficam quantidades importantes (ao redor de 20%) de açúcares superiores (polissacáridos, germens) sem romper, que não são bem digeridos pelas abelhas. Como pode suceder, o pior produto é o mais barato, ainda que a próxima e prevista baixa do preço do açúcar branco (39 % nos próximos 3 anos) e a perda da subvenção aos derivados do gérmen do milho, pode igualar os preços por “unidade de açúcar assimilada pela abelha”.
A concentração de açúcar total em agua deverá oscilar entre os 60-70% na época fria e os 40-50% na época quente.
Com efeito pode-se dar ás colmeias mel, mas sempre de origem sanitária conhecida.

2) Fome de pólen (gordura, proteínas).
Também podem ser adicionadas. Existem no mercado de alimentação animal complexos de aminoácidos, vitaminas e proteínas em líquido e em pó, que são incorporáveis na alimentação. Se as colmeias estão muito debilitadas é melhor dá-los numa alimentação líquida. Quando se tiverem recuperado pode-se pensar numa alimentação sólida.
Devido à situação das mudanças climatéricas, já aconteceu mais do que uma vez, nos últimos anos que alguns apiários não tiveram possibilidade de recolherem suficiente pólen na Primavera – Verão para se aguentarem bem até ao Outono, e se a floração de pólen nesta época também lhes falta, entram no Inverno em péssimas condições e acabam por morrer. Seria conveniente rever as nossas estratégias de trabalho e avaliar a situação das reservas de pólen no final do Verão, Julho – Agosto, para alimentar se for preciso, pois pode faltar o pólen de Outono.
Se se pensa em disponibilizar pólen doutra colmeia, é melhor fazê-lo em quadro devidamente humedecido e sempre de origem sanitária conhecida.

3) Fome de água (desidratação, sede).
É muito fácil de solucionar. Existe uma grande quantidade de dispositivos que permitem disponibilizar água às colmeias quando estas não tiverem possibilidade de a recolherem nas imediações (mais ou menos 50 metros).
Estamos em tempos difíceis. Nos últimos 7 anos passamos de 1.500.000 colmeias para 2.500.000 (em Espanha), que além do mais são colocadas em apiários maiores, para aproveitar a carga do camião que agora também é maior (isto diminui a floração útil por colmeia).
Os terrenos de uso apícola são menores, por desertificação, construção de urbanizações, diminuição das culturas de uso apícola (girassol, colza...), o uso excessivo de pesticidas de alta persistência e alta toxicidade a baixas doses (Confidor®, Gaucho®, Regente®...)
E a mudança climatérica está a alter o regime de chuvas, elevando as temperaturas, o que, num território como o nosso, se traduz em menos disponibilidade de alimentos para as abelhas e períodos de carência mais largos.
Mas podemos adaptar-nos para modificarmos as nossas tácticas de trabalho.
Só temos que fugir das rotinas e estar mais atento ao campo e aos conhecimentos que a nossa época nos proporciona.

MERCADO MUNDIAL DE MEL.

INFORME: -------------------------------------------------------------------------------------

La producción mundial de miel es de alrededor de 1.300.000 toneladas América tiene un 25%, Asia otro 25%, Europa un 30% y el restante 20% se reparte entre África y Oceanía.
La mayor parte de esta miel es consumida en origen. Un 25%, unas 325.000 toneladas salen al mercado cada año y son objeto de comercio entre diferentes países.
Algunos países son exportadores tradicionales, los más importantes son Argentina en América y China en Asia.
Si de este grupo descartamos a Japón, por su menor volumen de negocio, nos quedan 4 países que son quienes marcan los precios y controlan en conjunto el mercado de miel en nuestra área económica: EEUU y UE en la compra y Argentina y China en la venta.

ARGENTINA:

Haciendo una simplificación Argentina produce entre 75.000 y 80.000 toneladas de miel, de las que exporta más del 90%.
Sus explotaciones apícolas son, generalmente, muy profesionalizadas, grandes y con producciones altas, las medias son de 30 - 40 kg/colmena y año.
La miel argentina es apreciada por los envasadores debido a su buena calidad y su color claro (generalmente es miel de pradera, aunque también se producen mieles de eucalipto, cítricos, girasol...), situándose el precio tradicional algo más bajo de 1 $ USA/kilogramos (=1,2.-euros actuales; todos los precios mencionados son para partidas industriales, contenedores de 24.000 kg, en bidones de 300 kilogramos, mercancía puesta en origen).
La miel argentina se ha vendido bien tradicionalmente en Europa y EEUU, más o menos un 50% en cada sitio.
En 1996 la Asociación de Productores Americanos de Miel, en EEUU (American Honey Producers Association, AHPPA), recaudó dinero de sus socios y contrató un gabinete de abogados y puso en demanda de "dumping" (= venta por debajo de los costos de producción) contra la miel china. Ganaron y forzaron a su gobierno a que impusiera una elevada tasa arancelaria a esta miel, y se fijó una cantidad máxima de miel china a importar, unas 20.000 toneladas.
Como consecuencia la miel china, la más barata del mercado, sufrió una espectacular subida de precio en EEUU, que arrastró al resto de las mieles.
Argentina hizo un gran esfuerzo para aprovechar esta subida de precios, y pasó a exportar la mayor parte de su miel a EEUU, hasta el 70% algún año.
Esto ocasionó una bajada de la exportación a la UE del 41 % en 1995 al 17% en 1999.
Al quedar desabastecida, Europa se vio obligada a pagar por la miel Argentina lo que ya estaba pagando EEUU, y en esta "subasta", los precios de la miel subieron hasta ligeramente por encima de los 2 $ USA/kilogramos en algunas partidas, siendo frecuentes los de 1,60 – 1,70 $ USA/kilogramos.
Esta situación favorable de mercado hizo que Argentina se convirtiera en el mayor exportar mundial desde 1997.
Durante ,1998 los promedios internacionales de la miel se mantuvieron a niveles más bajos, y finalmente, en 1999, después de una cosecha récord, los precios internacionales volvieron a bajar a los niveles anteriores a la subida de 1996.
"El año 2001 caducaba el arancel "anti-dumping" contra la miel china en EEUU, y la misma asociación americana, AHPA, volvió a recaudar aportaciones de sus socios, contrató al mismo gabinete de abogados y puso la misma denuncia "anti-dumping", pero ahora contra las mieles argentinas y chinas. Y volvió a ganar, por lo que desde el 2002 las mieles argentinas y chinas tienen un arancel alto, lo que eleva su precio en el mercado.
Por esas fechas comenzaron los problemas económicos de Argentina que provocaron la pérdida de paridad del peso (1 peso argentino = 1 $ USA), que llegó a cotizarse a casi 4 pesos = 1 $USA. Esto favoreció extraordinariamente las exportaciones, y la penetración en el mercado internacional de la miel argentina.
Además, a principios del 2002, en la UE se detectaron en mieles chinas residuos de cloranfenicol (antibiótico prohibido en la UE desde 1994), y se prohibió su importación. Esta desaparición del mercado europeo de las mieles chinas provocó también una mayor demanda de mieles argentinas, que pasó a ser el principal proveedor de la UE.
Sin embargo, en agosto de 2003 fueron detectados en Inglaterra residuos de nitrofuranos (un antibiótico prohibido en la UE desde 1995) en una miel argentina. Las exportaciones argentinas perdieron un 75% de su mercado europeo hasta finales del 2003. Actualmente las exportaciones argentinas están recuperando su nivel normal y no se puede exportar nada sin una analítica de ausencia de nitrofuranos.
El parón de mercado que han supuesto estos residuos es enorme.
Al parecer el origen está, en un fraude, en la composición de un medicamento que fabricaba un laboratorio "legal", y en los medicamentos "caseros" de fabricación y venta ilegales. Se calcula un 20 - 25 % de la cosecha, que está todavía en los almacenes de los apicultores y no encuentra comprador, tiene residuos.
El sector apícola argentino está intentando organizarse para pedir a su administración que efectúe una compra de estas mieles con residuos, estableciendo un precio de garantía, para salir del atolladero. Consideran que la responsabilidad, en parte, es por la falta de control administrativo en la venta de estos medicamentos; y en parte por la aplicación de medicamentos "a su aire "de los apicultores.
En estos momentos hay una gran concienciación de los apicultores en la necesidad de auto controlar los tratamientos y en agruparse.
Algunas empresas argentinas exportadoras de miel (5) han conseguido demostrar que no vendían a precios por debajo de los costes de producción, y que los EEUU revisen su arancel "anti-dumping", que ha bajado del 36% hasta un simbólico 0,8%.

CHINA:

En el mercado de los envasadores la miel china no está considerada de calidad, solo es apreciada por su bajo precio. Con frecuencia se le recriminan resultados analíticos atípicos en la relación de C13/C14, que marcan la presencia de jarabes ricos en fructosa, HFCS (High Fructosa Corn Syrup), producto azucarado obtenido del almidón del grano de maíz. También suelen recriminársele una excesiva humedad, presencia de levaduras y residuos de tratamientos con acaricidas contra varroa y antibióticos. Todo ello hace que la miel china sea la más barata del mercado, pero también es muy abundante y es buscada por los envasadores de miel estándar que venden en un sector de mercado de precio bajo: marcas blancas, grandes superficies,...

Esta situación de precios bajos de la miel china aumentó en 1997 por el hecho de que tuvo grandes stocks de miel (50.000 toneladas), ya que su mercado tradicional, Asia, sufrió una crisis económica que se vio reflejada en una disminución del volumen de negocios. Además, perdió a favor de Argentina, como se ha explicado antes, el mercado de EEUU por la normativa "anti-dumping".
China fue internacionalmente acusada de suministrar mieles adulteradas con jarabes de fructosa y se desarrollaron técnicas analíticas que lo demostraron. A consecuencia de ello perdió el 50% de su mercado europeo.
A principio del 2002, como ya se ha comentado, en la UE se detectaron residuos de cloranfenicol (antibiótico prohibido en la UE desde 1994) en mieles chinas, y se prohibió su importación hasta que las autoridades chinas demostraran haber corregido este problema y los análisis de control dieran negativos.
Hasta el verano del 2004 se ha mantenido esta situación, aunque la miel china encontró otros caminos: Japón, Vietnam, Malasia, Turquía...
Curiosamente la UE sustituyó la compra de miel china (directa) por mieles de Argentina, México, Vietnam, Malasia, Turquía...
En julio 2004 la UE levantó la prohibición de importación de miel de China, permitiendo su entrada con un certificado analítico de ausencia de residuos emitido por sus autoridades. Este acuerdo ha sido publicado en el D.O.U.E. el 26.08.04 y ya ha supuesto una bajada significativa del precio de la miel en el mercado internacional (a la fecha, finales septiembre 2004, se está ofertando miel china en Alemania a 1,30 $/kilogramos y miel argentina en puerto europeo a 1,5 - 1,7 $/Kg).
China es el primer productor mundial de miel, con unas 180.000 toneladas
Los niveles de producción son relativamente buenos, sobre los 25 kg/colmena y año, y los de consumo interno apreciables, alrededor de 100.000 toneladas.

ESTADOS UNIDOS:

La Asociación de Productores de Miel de EEUU (AHPA), como se ha comentado, es la responsable de la subida de precios de la miel de 1996-97 y de 2002.
Su acción legal, en una época de elecciones, hizo que la administración de Clinton, impusiera un derecho compensatorio "anti-dumping" a la miel china de más del 140% de su precio de entrada y que limitara la cantidad a importar, a unas 20.000 ton/año. Este acuerdo dejó un hueco en el mercado de EEUU para mieles de otros países, de los que se podían importar unas 40.000 toneladas, y Argentina lo aprovechó, colocando en EEUU 21.473 toneladas, este año y a un precio más alto, como ya se ha comentado anteriormente. Desde entonces, Argentina ha sido el principal proveedor de miel de EEUU.
La bajada paulatina de precios desde 1997 hasta el 2000, provocó que en 2001 la misma asociación, AHPA, ejerciera otra acción legal, pero esta vez contra las mieles argentinas y chinas, que también ganó. Como resultado ha habido un aumento del precio de estas mieles en el mercado interior de EEUU, y una mayor apetencia de compra para las mieles nacionales.


ALEMANIA:

Alemania es el otro gran importador mundial de miel. Tiene una producción de unas 15.000 ton/año y una disminución del número de colmenas similar a la de EEUU, un 6% anual, por las mismas cusas: abandono de pequeños apicultores por la complicación de los tratamientos contra varroa, aumento de enfermedades asociadas, cambios climáticos, menor disposición de territorios apícolas...
Es el mayor importador de miel, maneja alrededor de las 100.000 ton/año, de las cuales re-exporta unas 13.000 toneladas, y consume el resto.
Hasta 1995 el 50% de la miel que Alemania importaba era de Argentina - Uruguay - México, siendo siempre la mayor parte, 21 - 30%, de Argentina. En esta época la miel china se mantenía alrededor del 20% de la importación.
La disminución del mercado de EEUU para la miel china, en 1996, invirtió esta situación, y la miel de Argentina - Uruguay - México, bajó al 20% de la importación total, mientras que la de China subió al 30%.
Este cambio de mercado se acompañó con la reunificación de Alemania que aumentó las compras tanto de miel barata china como de otras más caras de países europeos.

ESPAÑA:

Actualmente 2.400.000/colmenas, casi el 27% del censo de la antigua UE de los 15.
Actualmente, en la UE de los 25, ese peso está reducido en 1/3.
Aproximadamente el 74% de las colmenas están en manos de apicultores profesionales (= con más de 150 colmenas); la media es de 396 colmenas/explotación profesional. Hay unos 27.400 apicultores, de los que 16% son profesionales.
La producción media estatal es baja, unos 13 kg/colmena y año, pero los profesionales obtienen una media más alta. La cosecha total está alrededor de las 35.000 ton/año.
Entre el 60 y el 80% de esta miel es multifloral, el resto tiene diferentes orígenes monoflorales (azahar, brezo, encina, eucalipto, montaña, romero...)
La miel se vende de la siguiente manera, aproximadamente: 22% directamente al consumidor 52% a mayorista e industrias 18% a cooperativas 7% a minoristas.
Los precios, de las cosecha 2003, oscilaron alrededor de 2,2 - 3 euros, en bidón de 300 kg, según calidades y zonas.
Los de la cosecha del 2004 no están aún definidos, pero se espera que se inicien a un mínimo de 1,8 ± 0,1 euro/Kg.
Existen varias marcas de calidad: Mel de Galicia (en vía de convertirse en Denominación de Origen Protegida, D.O.P); Label Vasco de calidad; D.O.P. Miel de Alcarria (Castilla - La Mancha); Denominación de Origen de Villuercas - Inores (Extremadura); Denominación de Calidad de Madrid; D.O.P. Miel de Granada.
Entre todas apenas comercializan unas 500 ton/año.
España importa cantidades variables de miel, últimamente del orden de las 13.000 a 14.000 ton/año, lo que supone hasta el 30% de consumo. Esta miel viene en su mayoría de países terceros (Argentina, México, países asiáticos...) y en un 15 - 30% de países de la UE.
La exportación oscila, según los años, suele ser de la mitad de la importación, si bien en 2002 y 2003 los altos precios del mercado habían aumentado esta cantidad.
El 85% de esta exportación va países de la UE: Alemania y Francia principalmente.
Es decir, España importa mieles de calidad estándar para su consumo interno, y exporta mieles de calidad alta de producción propia (azahar, brezo encina, eucalipto, montaña, romero...), en bidón de 300 kg, para su procesado y envasado en otros países de la UE. Estos dos últimos años, con el alto precio alcanzado, ha aumentado la exportación de mieles de calidad a países miembros de la UE y disminuido el stock que suele quedar cada año en los almacenes de los apicultores.


PORTUGAL:

Portugal tiene unas 632.500 colmenas, registradas (2003), de las que 345.000 (54%) están en manos de apicultores profesionales (con más de 150 colmenas).
De los 26.000 apicultores portugueses unos 1.800 (7%), son profesionales.
La producción total es de unas 11.000 ton/año.
La miel se vende, aproximadamente, de la siguiente manera: 30% directamente al consumido 25% a envasadores, 25% a mayoristas e industria, 20% a minoristas.
Las importaciones han variado los últimos 4 años entre las 1.000 y 2.000 toneladas, y las exportaciones entre las 100 y las 1.000 toneladas, correspondiendo los años de importaciones altas con años de exportaciones altas.
Existen varias denominaciones de origen y se comercializan mieles de calidad monofloral (romero, brezo,...).
Los datos parecen indicar que la estructura de la apicultura portuguesa es muy parecida a la de la apicultura Española: mayoría de las colmenas en manos de una minoría de apicultores profesionales; importaciones necesarias para abastecer el mercado, y que mantienen los precios bajos; poca presencia de las mieles de calidad en el mercado nacional, y exportación de parte de estas mieles para ser procesadas a otros países de UE. Cobertura del déficit de producción más el provocado por la exportación de miel de calidad con importaciones de mieles calidad estándar. Sin embargo, el peso de las pequeñas explotaciones es mayor en la apicultura portuguesa.

CONCLUSIONES:

El mercado mundial de miel está controlado en la exportación por Argentina y China, y en la importación por la UE (Alemania principalmente) y EEUU.
La UE en general, y todos sus países miembros, en particular, son deficitarios de miel, necesitan importar para cubrir su consumo.
Las importaciones de miel de terceros países de la UE marcan los precios de la miel.
En los últimos años las restricciones de mercado por aranceles "anti-dumping" (EEUU, 1996 y 2001) y por detección de adulteraciones (China 1998) y residuos de antibióticos (China 2002 y Argentina 2003), han provocado una falta de miel en el mercado y una subida de precios.
Esta situación esta favoreciendo la entrada de mieles baratas, chinas, vía otros países ("transboarding" de Malásia, Turquía, Vietnam...)
La apertura de la importación de miel china, septiembre - octubre 2004, provoca una gran incertidumbre en el mercado, que está inactivo, a la espera de la definición de los nuevos precios, evidentemente a la baja.
A medio plazo la ampliación de la UE a 25 miembros, supone otra incertidumbre, aunque es evidente que disminuirán las subvenciones y habrá más miel, de todos los niveles de precio, disponibles en el mercado.
La única vía de remontar los precios internacionales es:
- disminuir los costos de producción: manteniendo controladas las enfermedades, con tamaños de explotaciones adecuados a la disposición de recursos y con la tecnología adecuada.
- producir calidad: mieles de origen botánico definido, o de denominación de origen, de manejos especiales (biológica...) y, siempre, con garantía total de ausencia de residuos de tratamientos o de otros orígenes (desde enero 2005 las empresas están obligadas a demostrar la trazabilidad de sus envasados, por lo que la partidas ha de estar analizadas).
- Comercializar bien; esforzarse por llegar a los sectores de mercado que pagan esa calidad superior.
El consumo de mieles está aumentando en la UE (y en el mundo), así como el de productos derivados. Argentina, China, los países del Este..., están mejorando sus estructuras para cubrir esa demanda.
Nosotros también debemos movemos para ocupar nuestro sitio en el mercado.
Como pueden ver, hay un camino delante de nosotros y nuestra cultura avanza por él, el que no se ponga a andar se quedará en la cuneta.

Muchas gracias por atención.

Açores, octubre 2004.